A tarifa média diária do alojamento turístico português atingiu este ano um novo máximo para um mês de Junho e superou pela primeira vez os cem euros, situando-se, segundo o INE, em 111,8 euros, com um máximo de 132,8 euros em Lisboa.
O INE utiliza a terminologia anglo-saxónica de ADR, que à letra é tarifa média e que o sector trata genericamente como preço médio das diárias, como “Rendimento médio por quarto ocupado”, explicando ser “medido através da relação entre os proveitos de aposento e o número de quartos disponíveis, no período de referência”.
Segundo o INE, o ADR de Junho deste ano situou-se em 111,8 euros, 14,6% ou 14,2 euros acima do que indica para o mês homólogo de 2019, pré-pandemia.
A informação mostra uma tendência generalizada de subida do ADR em todas as regiões turísticas, atingindo 33,2% no Alentejo, com uma subida de 83,2 para 110,9 euros, e 32,8% na Madeira, onde subiu de 67,3 para 89,3 euros.
Depois dessas duas subidas mais fortes, vêm os aumentos em 22,3% no Algarve, de 101,6 para 124,3 euros, em 15,7% nos Açores, de 87,7 para 101,5 euros, em 10,7% no Centro, de 63,5 para 70,3 euros, em 7,9% no Porto e Norte, de 93,1 para 100,4 euros, e em 6,2% em Lisboa, de 125,1 para 132,8 euros, mantendo-se assim como a região com o ADR mais elevado.
Em RevPAR, que pondera o ADR pela taxa média de ocupação de quartos, os dados do INE indicam para este Junho um aumento médio em 13,5%, para 70,6 euros, que significa que houve decréscimo de ocupação.
Neste indicador, os dados do INE colocam o alojamento turístico da Madeira a registar a subida mais forte face a Junho de 2019, em 46,9%, para 72,1 euros.
Seguem-se os aumentos em 32,7% no Alentejo, para 52,3 euros, em 26,2% nos Açores, para 70,4 euros, em 19,2% no Algarve, para 83,2 euros, em 6,8% em Lisboa, para 102,3 euros, em 5,6% no Centro, para 28,7 euros, e em 2,3% no Porto e Norte, para 55,9 euros.
Segundo o INE, a taxa média de ocupação de quartos do alojamento turístico português baixou este Junho em relação ao mês homólogo de 2019 em 0,5 pontos, para 63,1%.
Esta descida deveu-se aos decréscimos no Porto e Norte, em 3,1 pontos, para 55,7%, Centro, em dois pontos, para 40,8%, no Alentejo, em 0,2 pontos, para 47,2%, e no Algarve, em 1,7 pontos, para 67%.
Com melhores ocupações estiveram as unidades em Lisboa e Vale do Tejo, cuja ocupação média subiu 0,5 pontos, para 77%, Açores, com aumento em 5,8 pontos, para 9,1%, e na Madeira, com aumento em 7,8 pontos, para 80,7%, que foi a taxa mais elevada do mês.
in Presstur
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