Depois de uma tentativa falhada de recuperação, o paquete “Funchal” foi vendido em leilão, em de janeiro 2020, a um grupo norte-americano que o vai transformar num hotel flutuante, sediado em Lisboa.
As obras já estão a decorrer e cada duas cabines vão dar lugar a um quarto mais amplo. “É como um quarto do Intercontinental do Four Seasons. Um local agradável para se estar”, comenta Butch Kemper, proprietário do Paquete “Funchal”, à RTP.
Na recuperação, uma das principais preocupações é a remoção de amianto.
“Todo o amianto do navio será retirado. Quero um certificado de que quando terminarmos tudo terá sido retirado, porque quero dizer aos lisboetas e portugueses que está limpo, que ‘os vossos filhos não correm nenhum risco’”, declara Butch Kemper.
Construído em 1961, o “Funchal” já foi o mais importante navio da marinha mercante portuguesa, sendo conhecido como o mais rápido a cruzar os mares. “Nos chamávamos-lhe o ‘Ferrari’ da marinha mercante”, lembra José Valente, comandante paquete “Funchal”, à RTP.
Mas agora os planos são outros. O paquete vai deixar de navegar, assumindo posição constante no Cais da Matinha, em Lisboa, numa marinha que os donos estão dispostos a construir. Ao lado do “Funchal”, irão estar atracados grande iates, assim como a ‘Astória’, um navio cruzeiro que fará a ligação, a baixo preço, entre o continente e a Madeira.
Daqui a um ano, o paquete “Funchal” estará pronto a abrir portas.
in tnews.pt
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