Férias em mar alto: 74 mil portugueses viajaram em cruzeiros no ano passado

A indústria dos cruzeiros continua a crescer à escala global – e Portugal não é excepção. Em 2024, aumentou o número de portugueses que escolheram tirar férias em alto mar: foram cerca de 74 mil os passageiros de origem nacional, num sector tradicionalmente dominado por turistas estrangeiros, segundo dados divulgados hoje pela CLIA – Cruise Lines International Association.

Ao todo, os portos portugueses receberam, no ano passado, cerca de 1,85 milhões de passageiros, com Lisboa a destacar-se como o mais movimentado, ao registar mais de 763 mil passageiros. Entre os passageiros nacionais, o destino mais procurado foi o Mediterrâneo, seguido pelas Caraíbas/Bahamas/Bermudas e o Norte da Europa. A média de duração de cruzeiros dos passageiros de origem portuguesa foi de 8,2 dias e a média de idades de 47,8 anos.

De acordo com a CLIA, os números revelam o crescimento de uma indústria que, em 2023, gerou receitas de 681 milhões de euros no País, contribuindo com 322 milhões para o PIB nacional e criando mais de 9 mil postos de trabalho. A nível global, apesar de representar apenas 2% do turismo mundial, a indústria dos cruzeiros gerou, em 2023, um impacto económico de 156 mil milhões de euros.

Para este ano, a associação estima que o sector ultrapasse a barreira dos 37 milhões de passageiros à escala global. Até porque, adianta, este é um sector que tem sabido atrair novos públicos: 31% dos viajantes nos últimos dois anos foram estreantes, com especial destaque para os Millennials. Além disso, 82% dos passageiros expressaram a intenção de repetir a viagem.

«O sector dos cruzeiros continua a crescer de forma sustentada e a inovar. A sua capacidade de atrair novos públicos, acolher famílias multigeracionais e gerar benefícios económicos locais demonstra o seu valor para o turismo e para a economia», afirma em comunicado Nikos Mertzanidis, director executivo da CLIA Europa.c